Viena, na Áustria

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A viagem de Munique para Viena durou 5 horas e foi feita, novamente, de trem. A passagem custou € 74,40.

Viena é uma cidade grande, com 1,7 milhão de habitantes. Situada às margens do rio Danúbio, mescla construções modernas com prédios históricos. No passado, foi o centro do Império Áustro-Húngaro e a terra que consagrou Mozart, Beethoven, Brahms, Freud e outros.
Há duas estações de trem: a Westbahnhof, de onde saem trens para a Europa Ocidental e Hungria; e a Südbahnhof
, cujas rotas são para Itália, Leste Europeu e outros países ao sul.

Da estação, tivemos que caminhar um pouco até o hotel. Não tínhamos fito reserva. Primeiramente, procuramos o Wien Myrthengasse (albergue HI), mas estava lotado. Bem próximo, na Sperrgasse 12, encontramos a
Pension Fünfhaus
. A proprietária é uma senhora, que nos deu um cartão do hotel com endereço, telefone e um mapinha da cidade no verso. A diária para casal, sem banheiro privativo, mas incluindo café da manhã, custa € 40. A propósito, “bom dia” em alemão (os austríacos falam alemão) é “Guten Morgen”.

O aeroporto Wien-Schwechat fica a 19 km do centro é pode ser acessado pelo metrô 7 ou por ônibus, cuja viagem dura entre 25 e 35 minutos. O transporte também liga as duas estações de trem.

Para se locomover em Viena, além do metrô e do ônibus, há o S-Bahn (trem de superfície). Uma viagem simples, em qualquer meio de transporte público, custa € 2,20 e vale por 1 hora depois de carimbado o tíquete. Um passe de 24h sai por € 5,70 e de 3 dias, por 13,60. Nós optamos pelo Viena Card (sai a € 18,50), que vale por 3 dias e, ainda, permite a entrada em alguns pontos turísticos. Mas, aqui não compensou muito, pois tivemos que pagar quase por quase todas as atrações visitadas.

O ponto central é a
praça Stephanplatz, onde está a Stephansdom
(Catedral de Santo Estevão). Ringstrasse é como se chama o anel viário que circunda o centro da cidade e que percorre o caminho onde se erguiam as muralhas que delimitavam Viena até o século XIX. A Ringstrasse muda de nome várias vezes, permanecendo o prefixo “Ring” (anel), o que facilita a orientação.

Viena possui várias e suntuosas igrejas. A mais incrível é a Stephansdom (“dom” quer dizer catedral), catedral gótica e que tem sua beleza comparada às catedrais de Colônia e de Estrasburgo. O telhado da igreja é bem curioso, feito com 250.000 azulejos coloridos e com o brasão Habsburgo. Foi originariamente construído em 1490 e restaurado, mais tarde, após um incêndio durante a Segunda Guerra Mundial. Abre diariamente. Entrada a 1 euro, nos meses de julho e agosto. No restante do ano, é gratuita. Se quiser fazer visitas guiadas ou com audioguia no seu interior, nas catacumbas e na torre sul, é preciso pagar alguns euros.

Perto da catedral, há inúmeros restaurantes, lanchonetes de Kebab e cafés. Um deles é o Café Einstein, entre a prefeitura e a universidade, na Rathausplatz 4.

Saindo da catedral pela Rotenturmstrasse e virando à esquerda no Hohermarkt, chega-se ao
Römische Ruien (Ruínas Romanas). Fica no subsolo de uma galeria comercial. São ruínas das fundações de prédios milenares. Estudante paga 1 euro. Aberto de terça a domingo.

A
Peterskirche
(Igreja de São Pedro) é outro marco da religiosidade dos vienenses, construída, segundo a lenda, no mesmo local onde Carlos Magno teria fundado uma igreja nas pedras de um edifício romano. A concretização de seu interior contou com a contribuição dos mais destacados artistas austríacos. Nos fundos da igreja, há um elevador onde se pode subir e conferir uma bela vista da cidade.

A
Votivkirche
(Igreja Votiva) é uma catedral em estilo gótico francês, erguida entre 1856 e 1879, por ordem do arquiduque Maximiliano, em agradecimento a Deus pelo fato de seu irmão, o imperador Francisco José, ter saído praticamente ileso de um atentado praticado por um húngaro.

Próximos estão a
Rathaus (prefeitura), em estilo gótico, a Staatsoper (Ópera Nacional) e o Parlamento
, prédio neoclássico.

No tour guiado pela Staatsoper, conhece-se a Sala de Tapeçarias, com trabalhos feitos à mão em 1950, representando cenas da Flauta Mágica; a Sala de Mármore, com mosaicos ilustrando o cotidiano de quem atua em uma ópera; e o Balcão Real, lugar cativo dos imperados na época. Este lugar é alugado, hoje, por mil euros a hora.

O
Sigmund Freud Museum
(na Berggasse 19) fica mais distante do centro. Para chegar, pegue o metrô U2 até Schotentor, depois o trem D até Schlilckgasse. Casa onde o pai da psicanálise moderna viveu e estabeleceu seu local de trabalho até o princípio do nazismo. O Viena Card não é aceito aqui. Para entrar, paga-se € 7/4,50 (estudante). Visita guiada, a € 13/10 (estudante).

Na cidade, há diversos
museus: Naturhistorisches Museum (Museu de História Natural); Historische Museum Der Stadt Wien (Museu Histórico da Cidade de Viena); Kunsthistorisches Museum (Museu de História da Arte); MUMOK (Museu de Arte Moderna); Akademie der Bildenden Künste (Academia de Belas Artes); Leopold Museum (Museu de Arte Austríaca, destacando o Expressionismo); Albertina Museum (situado numa casa onde os Habsburgos também moraram); Uhrenmuseum (Museu dos Relógios, com coleção de mais de mil relógios do mundo inteiro); Mozarthaus Vienna; entre outros. Esse último foi casa de Mozart de 1784 a 1787, sendo a única de suas habitações ainda existentes. Lá estão documentos autênticos do gênio da musica, assim como o seu testamento. Vale citar, também, o Palais Liechtenstein (na Fürstengasse 1), um museu com extensa coleção dos trabalhos de Rubens, Van Dyck e Rembrandt. O Museu de História Natural e o Museu de História da Arte
ficam um de frente para o outro, na Maria-Theresien-Platz e são construções bem imponentes. Para ir ate lá, pegue o metrô U2 ou U3 até a estação Volkstheater.

Viena impressiona bastante com seus palácios e castelos. O
Schloss (castelo) Belvedere, construído pelo príncipe Eugene com dinheiro arrecadado das conquistas militares, é um complexo barroco que abriga três museus em seus dois palácios, separados por um imenso jardim. O ingresso (€ 12,50/8,50 – estudante) vale para os três no mesmo dia. Então, é recomendável ir cedo. Nesse palácio viveu Franz Ferdinand, que foi assassinado em Saravejo, na Bósnia, fato que deu origem à Primeira Guerra Mundial. Foi no Hall de Mármore de Belvedere superior que os Aliados (Rússia, EUA, França e Inglaterra) assinaram o acordo que devolveria a independência à Áustria. Vale a pena a visita, não só pela beleza, mas também pela importância histórica. Fica na Prinzeugenstr 27. Para chegar, deve-se pegar o metrô U1, U2 ou U4 até a Karlsplatz e trem D.

O outro é o Schloss Schönbrunn, maior exemplo da ostentação austríaca, fazendo frente à grandiosidade do Palácio Versailles, em Paris. A antiga residência de verão da família imperial (construída pelos Habsburgos em 1713) é popularmente conhecida como o Castelo de Sissi, a imperatriz. Em seu interior, impressionam a Sala dos Espelhos, onde Mozart tocou seu primeiro concerto aos 6 anos de idade; a Sala de Napoleão, na qual o imperador se hospedou e seu único filho legítimo morreu; e a curiosa Sala dos Milhões, com várias miniaturas de pergaminhos. Os jardins e a Gloriette (monumento aos soldados, no topo de uma colina, nos fundos do castelo) são também admiráveis. Os preços para entrar no castelo dependem do tour escolhido. Optamos pelo imperial tour, a € 9,50/8,50 (estudante). Visite-o com tempo, sem pressa.

O Complexo Hofburg são dois prédios estilo “bolo de noiva” que foram a casa administrativa dos Habsburgos. Um deles é o Hofburg (Palácio Imperial), na Michaelerplatz. O outro é o Neue Hofburg. No complexo, existem uma biblioteca municipal e museus com porcelana, prataria, objetos dos membros da família real, antiguidades romanas, armas e armaduras e instrumentos musicais, além da Hofburg Kappele, onde há missas com os “Meninos Cantores de Viena” em alguns domingos do ano. A entrada custa € 9,90/8,90 (estudante), mais € 2,50 pelo tour com guia.

Em meio a uma vasta área verde no Bairro de Belvedere, encontra-se a exótica
Karlskirche
(Igreja de São Carlos Borromeo), datada do século XVIII.

Assolados por uma estranha praga em 1713, os vienenses sofriam e pereciam em grande quantidade, causando pânico na população. Católico devoto, o Rei Carlos VI tomou para si a promessa de erigir uma grande igreja em homenagem a São Carlos Borromeo, venerado por seus poderes curativos, tão logo a cidade se visse livre de tal flagelo.

E foi assim que, em 1718, iniciaram-se os esforços para construir essa que é uma das mais peculiares igrejas já erguidas. Seu estilo construtivo reúne elementos arquitetônicos gregos, romanos e influências orientais em suas torres, que mais parecem minaretes muçulmanos.

O interior é todo ricamente decorado, e há um elevador para o alto da cúpula, de onde se pode apreciar uma bela vista da cidade.

Ruprechtskirche
é a igreja mais antiga de Viena, do século 11. Normalmente está fechada, mas abre para shows e concertos no verão.

Apesar do nome, os monges que fundaram a igreja
Schottenkirche Museum
em 1177 são irlandeses e não escoceses. Em contraste com a fachada simples, o interior é muito rebuscado. A entrada para o museu é pelos jardins.

Destaque, ainda, para o
Zentralfriedhof
(Cemitério Central). Saindo do Castelo Belvedere, pegue o trem 71. É o maior cemitério austríaco, com tumbas famosas como as de Schubert, Beethoven e Strauss. Há um monumento em homenagem a Mozart.

Concluímos aqui mais uma cidade na nossa viagem. Próximo destino:
Praga, na República Tcheca.

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