Barcelona, na Espanha

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O sistema de transporte é excelente. O trem já sai do próprio aeroporto (a 13 km do centro, cujo tíquete (€ 2,60) pode ser comprado nos guichês ou nas máquinas. Partimos para o Passeig de Gràcia, uma das inúmeras estações da cidade. De lá, caminhamos apenas duas quadras até nosso hotel, bem localizado, o Residencia Nikbor. Pagamos € 48, com café da manhã. Fica, inclusive, a 200 m de um dos mais importantes pontos turísticos: La Pedrera. Informações sobre o Residencial, no site: http://www.barcelona30.com/es/barcelona-bed-and-breakfast-7956-residencia-nikbor.html
Pode-se, ainda, pegar o ônibus (Aerobus), que faz o trajeto Aeroporto-Plaza de Catalunya (também central). Sai a cada 15 minutos e a passagem custa € 3,90. O táxi sai bem mais caro, aproximadamente uns € 30.

Para conhecer a cidade, que é imensa, vale a pena pagar pelo
Barcelona Bus Turistic
: € 20 por um dia ou € 26 por dois dias. Você sobe e desce onde e quantas vezes quiser. São oferecidas 3 rotas, que passam por praticamente todos os pontos turísticos da cidade. O turista recebe um fone de ouvido para ouvir as explicações sobre os locais (em 6 línguas) e um pequeno guia. Para pegar esse tour, basta esperar em qualquer uma das paradas de ônibus espalhadas pela cidade, que contém o cartaz da empresa. O ônibus com dois andares, aberto no nível superior, pode ser visto à distância. A locomoção no Bus Turistic garante alguns descontos nos ingressos das atrações.

Há, também, o Barcelona Walking Tour, que promove passeios a pé entre € 11 e € 15.

Para se orientar, é bom saber que
a praça principal é a da Catalunya
, onde começam as Ramblas (ou La Rambla), um calçadão de cerca de dos quilômetros que segue até o Port Vell, o porto. Cada quarteirão leva um nome. As calçadas e ruas são bem movimentadas, repletas de turistas, mambembes, artistas, cafés, restaurantes, lojas e bancas de revistas.
Das praias ao Bairro Gótico, a cidade é repleta de atrações, mas o que surpreende mesmo é a arquitetura modernista presente em seus edifícios.

Bairro Gótico foi onde os romanos fundaram sua colônia sob o comando do imperador Augusto (27 a.C. – 14 d.C.). Ali estão, hoje, os edifícios administrativos mais importantes, como o Palau de la Generalitat – sede do Parlamento da Catalunha, ou a Catedral Gótica
. Além das belas construções, as ruas e becos estreitos nos remetem ao passado.

L’Exaimple e Gràcia
são os bairros que reúnem a “nata” do modernismo com o quarteirão Manzana de la Discordia, a Pedrera, o Templo Sagrada Família e a Casa Vicens.

Manzana de la Discordia guarda três prédios modernistas. A Casa Batló
é a de maior destaque pela sua fachada de mosaicos coloridos. Suas sacadas têm forma de ossos. Foi totalmente reformada por Antoní Gaudí (1852-1926), considerado um dos arquitetos mais audaciosos de todos os tempos, dotado de estilo próprio.
La Pedrera
é a casa mais célebre de Gaudí, construída em 1910. Ele pegou um prédio simples e de fachada comum e cobriu a frente com uma série de muros de pedra calcária. As sacadas têm ferro reciclado. No interior, há um apartamento decorado no estilo das primeiras décadas do século 20, quando o Art Noveau começava a dar espaço ao moderno. Também há um museu que documenta toda a obra do arquiteto. Mas o melhor está no telhado: chaminés de formas audaciosas, decoradas com azulejos fragmentados. Tanta originalidade rendeu sucesso à sua obra.

O
Templo Sagrada Família
é o mais importante e conhecido trabalho de Gaudí. Ela pode ser vista de longe. Sua construção teve início em 1882 e ainda não acabou. Quando finalizado, deverá ser o maior templo católico da Europa. Hoje tem 8 torres (todas com mais de 100 metros). Ao todo, serão 18. Simbolizam os 12 apóstolos, os quatro evangelistas e a mãe de Deus. A 18ª seria a mais alta e representaria Jesus. Uma das torres é aberta à visitação, de onde se aprecia a vista interna da catedral, as ruas de Barcelona e o mar. São 400 degraus até lá. Estudante paga € 8 para entrar na igreja e mais € 2 para subir na torre.
A Casa Vicens
, projetada por Gaudí entre 1883-88, marca o início do modernismo, sendo sua primeira obra relevante. É inspirada no estilo mouro, combinando pedra e ladrilho em azulejos coloridos. Não é permitida a entrada. Observa-se apenas de fora.

A
Catedral
foi erguida primeiramente sobre o que foi um templo romano e já passou por várias modificações. Aliás, estava passando por nova reforma quando estivemos lá. A fachada principal definitiva foi concluída em 1899 e a torre em forma de flecha, em 1913. O interior é uma reprodução do estilo gótico catalão e compreende uma nave de 26 metros de altura. O claustro, do século XV, também merece uma visita. A entrada na catedral custa € 4.

Parc Güell foi a tentativa, a pedido da família Güell, de criar uma vila em plena natureza. Ali você vê galerias, muros, colunas, praças, bancos. Tudo é curvilíneo, retorcido, colorido. Em uma das galerias, todo o teto é de azulejo. A entrada é gratuita. Abre diariamente, às 10h. Ao descer do Barcelona Bus Turistic, é preciso subir algumas ruas acima.

O Museu d’Història de la Ciudat o Monestir (Monatério) de Pedralbes (localizado na Baixada del Monestir) fica dentro de um edifício gótico. O nome vem do latim “Petras Albas”, que significa pedras brancas. O monastério foi fundado em 1327. O local conserva as tumbas de famílias nobres, as capelas, o mobiliário, o refeitório, a cozinha, a enfermaria, a sala del Dormidor (antigo dormitório das religiosas). Pode-se ver, ainda, objetos litúrgicos e obras de arte que mostram a vida monástica ali vivida. A entrada é cara, custa € 9. Na nossa opinião, não vale a pena.

O
Museu de Ciências Naturais ou CosmoCaixa
é bem didático. Excelente para turmas escolares. Possui um grande aquário. Entrada a € 2 (estudante).

A
Plaça d’Espanya é belíssima. Há uma fonte central e duas torres que imitam o campanário da Basílica de San Marco em Veneza, construídas por artistas catalães. Ali encontra-se o Museu Nacional d’Art de Catalunya. No interior, estão os museus de arte gótica e arte romana. A arquitetura do museu em si já vale a visita. Para acessá-lo há uma escadaria imensa. A boa notícia é que há elevadores para quem não quer se esforçar muito. Entrada a € 8,50.

O Museu d’Història de Catalunya, instalado num antigo armazém portuário, foi inaugurado em 1996. Folhetos disponíveis (em castelhano, inglês e português) na entrada ajudam a seguir a exposição, que aborda os aspectos históricos, geográficos, sociais, econômicos e políticos, enfatizando as particularidades catalãs em comparação com o resto da Espanha. Fica na Plaça Pau Vila 3 (metrô Barceloneta). Entrada a € 4.

Há, também, o
Museu Picasso
, no Carrer de Montacda. Lá está a mais significativa coleção do mestre na Espanha, situada num prédio chamado Mansão Medieval. O acervo traça a vida e a obra do artista. Foi criado em 1962, por Jaime Sabartes, amigo íntimo de Pablo Picasso. Entrada a € 9/6 (estudante). Não abre nas segundas-feiras. Para evitar filas, chegue cedo.

O
Parque de Diversões del Tibidado
está situado no alto de uma montanha. A localização privilegiada oferece uma vista magnífica. Inaugurado há mais de cem anos, soube manter-se como um dos símbolos da cidade. O segredo do sucesso foi a perfeita combinação de atrações e espetáculos com uma ampla oferta de restaurantes e lojas.
Algumas das atrações mais emblemáticas são el Avió (o Avião), um simulador de vôo, ou la Talaia, uma torre de observação móvel que, graças à engenharia mecânica, eleva seus passageiros a 550 metros acima do nível do mar, oferecendo uma vista inigualável de Barcelona. Outra novidade do parque chama-se El Pindol, uma atração que combina queda livre com movimentos pendulares.

Vale ressaltar que o Bus Turistic passa perto, mas não deixa na entrada do parque. Para chegar lá, é preciso pegar um funicular, uma espécie de trenzinho.

Para os amantes do futebol, o
Futbol Club Barcelona
é outro atrativo.

O
Port Vell
é o antigo porto que foi reabilitado nos anos 80, oferecendo hoje várias opções de entretenimento: lanchonetes, cinemas, discotecas, bares, lojas, um aquário e um moderno passeio marítimo. Em frente ao porto, está a estátua de Cristóvão Colombo com o dedo apontando para a América. Ao lado do porto está a Barceloneta, bairro de marinheiros e pescadores no século XVIII, revitalizada graças aos jogos olímpicos de 1992.
A Torre Agbar
fica próxima à Plaza de lês Glòries. Prédio de arquitetura arrojada, inspirada em Gaudí, com 142 m de altura e formato oval.

O Bus Turistic passa em todos os pontos turísticos citados acima, com exceção da Torre Agbar e do Museu Picasso.

A cidade é grande e tem diversas atrações. Merece uns 3 ou 4 dias de visita.

No dia 10 de setembro, partimos para
Genebra, na Suíça.

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