Munique e Füssen, na Alemanha

domingo, 14 de setembro de 2008

No dia 13 de setembro, à noite, partimos para Munique, devido à proximidade. A viagem de trem dura apenas 2 horas, passagem a € 24,50. Depois, voltamos para a Áustria, para visitar Viena. Nas cabines, há lugar para a bagagem, pode-se carregar seu celular ou ligar seu notebook. Muito chique!!!! E olha que nem é a primeira classe. Pode-se marcar os lugares; nesse caso, a passagem fica mais cara.

Munique (München em alemão), cidade mais popular da Alemanha depois de Berlim, é terra da maior Oktoberfest do mundo. Possui 1,4 milhão de habitantes. Tem dois pontos de referência: a estação de trem Hauptbanhof e a praça Marienplatz. A Marienplatz é o ponto de partida para explorar as atrações.

O aeroporto Fraz-Josef Strauss Flughafen fica a 28 km da cidade. É acessado pelos S-Bahn (trens) S1 e S8, que saem a cada 20 minutos da estação central. A passagem custa € 9. Também existe ônibus da Lufthansa da estação para os terminais A e D, entre 6h25 e 21h45. O percurso leva 45 minutos e custa € 11.

Munique é um importante ponto de parada de trens europeus que vão para toda a Europa.

A cidade tem uma boa linha de metrô (U-Bahn), com a estação mais limpa que vimos na Europa, repleta de lojas, bancas, lanchonetes e cafés; trens de superfície (S-Bahn), bondes (Strassenbahn) e ônibus.

Indicamos dois hotéis. Na primeira noite, ficamos no Hotel Meier (Schützenstrasse 12), num calçadão bem perto da estação de trem. Saindo da estação, vire à direita. A diária para casal custa € 100, com café da manhã. Reservas: www.hotel-meier.de ou info@hotel-meier.de. Na segunda noite, fomos para um hotel mais barato, do outro lado do calçadão, o Easy Palace Station Hotel. Ali, a diária para casal sai a € 79, com café da manhã também. Mais informações no site: www.easypalace.de.

Ao final do calçadão, à esquerda, há também o Hotel Alfa (www.hotel-alfa.de). O preço é similar ao do Hotel Meier.

Pegamos muito frio em Munique. Então, antes da caminhada, eu tive que comprar um cachecol e meias. Fui até a estação de metrô, onde há várias lojinhas e, também, na C & A (a marca é holandesa).

Uma das atrações de Munique é a Neues Rathaus (prefeitura), localizado na Marienplatz. Imponente e belíssima, foi construída entre 1867 e 1908, em estilo neogótico. Tem uma área total de 9.159 m², com 400 divisões. No prédio, destaca-se o Rathaus-Glockenspiel – um relógio e um carrilhão com 32 bonequinhos encenando as batalhas e as danças sobre a história de Munique. A dança ocorre às 11h e às 12h; e no verão, também às 17h.

A Marienplatz (Praça de Maria) fica em frente à Catedral e foi fundada em 1158. No centro da praça, está a Coluna de Maria erigida em 1638, que dá o nome ao local.

Próximo à Marienplatz está o Stadtmuseum (Museu Municipal). Conta a história e a cultura de Munique, com armas, esculturas, instrumentos musicais e moedas. Uma maquete de madeira mostra com era a cidade em 1572. Há, ainda, os Dançarinos Moris (Moriskentanzer): dez figuras em madeira, de 60 centímetros cada, que estão entre os melhores exemplos de arte gótica na Alemanha. Só não abre às segundas-feiras. Entrada a € 4/2 (estudante).

Munique é repleta de museus. A maioria situa-se nas praças Königsplatz e Odeonplatz.

Há o Deutsches Museum (Museu de Ciência e Tecnologia) – um dos maiores da Alemanha, com mais de 10 km de corredores e 46 divisões, abordando navegação, aviação, astronomia, com modelos reais de carros e aviões; o Pinakothek der Modern, com coleções de arte moderna, equivalente ao Tate Gallery, em Londres; o Alte Pinakothek e o Neue Pinakothek, com coleções de pintura do mundo todo; o Glyptothek, com arte grega e romana, construído por Ludwig I para guardar tudo o que pilhou de outros lugares; o Residenz Museum, castelo contruído entre os séculos XVI e XIX, foi residência da família Wittelsbach até 1918 e reconstruído após quase completa destruição na Segunda Guerra Mundial; o Antikensammlungen (Coleção de Antiguidades Gregas e Romanas), cuja coleção de obras pertecia a Ludwig I, que sonhava em transformar Munique em uma segunda Atenas; e o BMW Museum, com exposição, filmes e slides da história da fábrica com os veículos produzidos no passado e projetos para o futuro. Destaque, ainda, para o Olympia Park (estádio); situado na Olympiazentrum.

A partir da década de 20 até o fim da Segunda Guerra Mundial, Munique foi um dos principais centros do nazismo.

A Königsplatz, que hoje abriga museus, jardins e escola de música, não só recebeu desfiles nazistas como foi o “quartel” do Füher. Quase todos os prédios pertenciam à SS, sendo que a sede ficava na Brienner Strasse. Foi nessa praça que ocorreu a famosa queima de livros promovida pelos nazistas. Entre os edifícios, existiam túneis (não são abertos à visitação) que permitiam a passagem do Hitler de um lugar a outro.

Na Odeonplatz, a águia e a bandeira do partido erguiam-se lembrando aos alemães que, ao passar pelo local, era preciso fazer a saudação nazista. A simples recusa era suficiente para ser considerado um opositor do regime. Todavia, alguns rebeldes mais fervorosos recusavam-se a cruzar a Odeonplatz e utilizavam uma pequena rua de paralelepípedos – a Viscarigasse – que contorna a praça por trás. Em homenagem a essa pessoas, foram colocados alguns paralelepípedos dourados sinalizando o caminho que faziam. Vale a pena ir até lá e registrar. É emocionante. Perto dali, na Brienner Strasse com Turken Strasse ficava a sede da Gestapo, a polícia secreta nazista.

A Theatinerkirche ou igreja dos Teatinos e São Caetano, dedicada a Caetano de Thiene está situada na Odeonplatz. Ali encontram-se, entre outros, os túmulos de Maximiliano I e sua esposa Maria da Prússia; Luís I; Maximiliano II; Luís III; Oto I da Grécia; Carlos VII, Sacro Imperador Romano-Germânico; Maximiliano III de Baviera; Carlos Teodoro da Baviera; e Rodolfo da Baviera.

Ao lado dessa igreja, encontra-se o Feldherrnhalle, edifício do século XIX, famoso por ser o local onde Hitler costumava saldar o povo, e principal elemento do culto nazista.

Frauenkirche (Igreja de Nossa Senhora) fica na Frauenplatz 1. A igreja, com suas torres gêmeas de 98 m de altura, é uma atração bem popular, podendo ser vista de todas as posições. Construída primeiramente em 1721, foi destruída em parte durante a Segunda Guerra. Mas as cúpulas verdes, datadas de 1525, permaneceram intactas.

A municipalidade proibiu a construção de qualquer estrutura superior a 100 metros nas proximidades da catedral. É possível subir na sua torre sul que oferece uma vista panorâmica da cidade e das montanhas. A entrada na igreja é gratuita. Paga-se somente para subir na torre: € 3,50 ou 1,50 (estudante).

Outras igrejas que merecem a visita são Michaelskirche, Peterskirche e Asamkirche. A primeira fica na Neuhauserstrasse 52. Igreja barroca construída por jesuítas em 1597. Pode-se visitar a cripta, com os túmulos da realeza da Babiera, onde está enterrado o rei Ludwig II. O rei nasceu em Munique e reinou de 1864 a 1886, tendo construído três castelos. Não abre aos domingos. A segunda igreja está situada na Rindermakrt 1. Construída em 1158, foi incendiada no século 14 e bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial. A reconstrução durou 10 anos, de 1946 a 1956. Subindo a torre da igreja (€ 2,50/1,50 – para estudante), é possível ver Munique com os Alpes nevados ao fundo. E a terceira, Asamkirche (Igreja de São João Nepomuceno), está localizada no centro de Munique. De estilo rococó, foi erguida entre os anos 1733 e 1746 pelos irmãos Cosmas Damian Asam e Egid Quirin Asam. Os dois construíram o edifício para sua igreja privada, mas face aos protestos dos habitantes da cidade, acabaram por tornar o acesso público.

O Englischer Garten é o maior parque urbano do mundo, superando até o Central Park, em Nova York. Em um local reservado, é possível fazer topless. A idéia da construção do jardim surgiu em 1789, com Benjamin Thompson, físico e inventor anglo-americano que colaborou para estabelecer a teoria física incluindo a revolução do século XIX em termodinâmica.

Para chegar lá, pega-se os metrôs U3 e U6 Univeristät ou trem 17 ou ônibus 53, parada National Museum. O tíquete para uma viagem custa € 2,30. Para um dia, custa € 5. E para uma semana, 11/7,60 (estudante). Compra-se o tíquete no guichê ou nas máquinas disponíveis na estação e o valida em uma outra máquina antes de entrar no transporte. Não há roleta. Se for pego sem o bilhete, a multa é de € 40.

A Münchner Residenz (Residência de Munique) foi a residência oficial dos duques, dos eleitores e dos reis da Baviera. É o maior palácio urbano na Alemanha, servindo, atualmente, como um museu de decoração de interiores, considerado um dos mais belos da Europa. Também abriga uma sala de concertos, a Casa do Tesouro Real e o Teatro Cuvilliés. O complexo é composto por dez pátios e o museu por 130 salas. Frente à entrada para o Pátio Imperial e na passagem para o Brunnenhof ("Pátio da Fonte") existem dois leões de bronze, dos quais se diz que tocar-lhes traz boa sorte. Situado no centro de Munique.

O Schloss Nymphenburg (Palácio Nymphenburg) serviu de residência de verão aos governantes da Baviera. Foi encomendado a Agostino Barelli, em 1664, pelo casal de Príncipes Eleitores da Baviera, Fernando Maria e Henriqueta Adelaide de Saboia, depois do nascimento do seu filho Maximiliano II Emanuel. O pavilhão central viria a ser concluído em 1675.

Juntamente com o seu parque de 800 mil m², é hoje um dos mais famosos lugares de Munique. A Steinerner Saal (Galeria de Pedra), com afrescos no teto pintados por Johann Baptist Zimmermann e F. Zimmermann, e decorações de François de Cuvilliés, é um sítio impressionante. Servindo de grande galeria, ocupa mais de três andares do pavilhão central do palácio.

Algumas salas ainda exibem a sua decoração barroca original, enquanto outras foram mais tarde redesenhadas em estilo rococó ou neoclássico. A antiga sala de jantar pequena, no pavilhão sul, acolhe atualmente a Galeria de Preciosidades do Rei Luís I da Baviera.

Os estábulos da Corte contêm um dos mais importantes museus de carruagens antigas. Estes coches também desempenharam um papel em eventos históricos – o Coche da Coroação de Paris, por exemplo, foi usado na coroação do Imperador Carlos VII, em 1742. Entre as atrações principais do museu encontram-se as magníficas carruagens e trenós do Rei Luís II. O primeiro andar abriga uma coleção de porcelana de Nymphenburg, cuja fábrica, localizada no complexo do palácio, foi fundada por Maximiliano III José.

É possível visitar o palácio apanhando o bonde (elétrico) 17 em direção à Amalienburgstrasse. Esta linha passa pelo centro da cidade, incluindo a Karlsplatz e a estação de caminho-de-ferro principal. Do centro até o palácio, a viagem dura cerca de 20 minutos.

O Palácio de Leuchtenberg foi construído e projetado pelo arquiteto Leo von Klenze, sob ordens de Eugênio de Beauharnais. Hoje, é a sede do Ministério do Estado Livre da Baviera.

O Hofbräuhaus am Platzl é a mais famosa cervejaria do mundo, localizada no centro de Munique na Alemanha.

Foi fundada em 1589 pelo Duque William V da Baviera para evitar ter que comprar cerveja da baixa Saxônia, sendo de uso exclusivo do Duque. Apenas em 1828 a cervejaria foi aberta ao público. Em 1897 o edifício foi refeito, sendo movido para o subúrbio da cidade. Na Segunda Guerra Mundial toda a estrutura da cervejaria foi destruída num bombardeio, porém foi reconstruída em 1958.

Em 24 de fevereiro de 1920, Adolf Hitler organizou a primeira das muitas campanhas de publicidade e propaganda do Hofbräuhaus. Durante esse evento, foram organizadas as regras e as idéias do partido nazista.

Aos arredores de Munique, está o Campo de Concentração de Dachau. Para chegar, pegue o S2 (trem de superfície) até a estação de Dachau, depois o ônibus 726 até a porta do Memorial. O campo recebeu mais de 200 mil prisioneiros, dos quais 31.951 oficialmente morreram. Munique foi a primeira cidade a ter um campo de concentração. A entrada é gratuita. Só não abre às segundas-feiras.

Próximo a Munique, há alguns castelos. O Schloss Schleissheim, por exemplo, está situado na cidade de Oberschleissheim. Foi erguido pelos soberanos da Baviera como residência de verão, formando um dos mais relevantes conjuntos Barrocos da Alemanha. O complexo do palácio agrupa três núcleos dentro de um mesmo grande parque: o Velho Palácio (das Alte Schloss Schleissheim); o Novo Palácio (das Neue Schloss Schleissheim); e o Palácio de Recreio (Schloss Lustheim).

Nós visitamos o Schloss Neuschwanstein (Castelo Novo Cisne de Pedra), na cidade de Füssen. São duas horas de viagem saindo da estação Hauptbahnhof, em Munique. Depois, pega-se um ônibus que nos deixa na estação da cidade de Füssen. Em frente à estação, já estão os ônibus que nos levam até a área dos castelos. Dá para ir e voltar no mesmo dia.

O belo castelo foi construído na segunda metade do século XIX e inspirou o Castelo da Cinderela da Disney. Pena que o tempo estava muito fechado, a neblina estava cobrindo-o. Sua construção (durou 17 anos) foi um desejo de Ludwig II, Rei da Bavária, que não a viu concluída, pois faleceu. Foi encontrado morto em um pequeno lago, junto com seu médico. Viveu ali somente alguns meses.

A entrada no Neuschwanstein custa € 9. Vale a pena a visita, que é bem organizada. Na compra do tíquete recebemos um número, que indica o nosso grupo. Esse número é apontado no painel na entrada do castelo. Recebemos um mapa e um audioguia, onde optamos pela língua desejada para ouvir a história da construção do castelo e do rei que ali viveu. O tour dura 35 minutos, passando por todos os cômodos. É o castelo mais visitado e fotografado da Alemanha.

Na hora de comprar o tíquete, tome cuidado. Se você quiser visitar também o Hohenschwangau Castle, o valor é mais alto. Esse fica mais próximo e serviu como residência de Ludwig II por quase toda sua vida.

Fim de tarde, voltamos para a estação de ônibus de Füssen. Corremos para comprar um lanchinho antes de embarcar. A cidade é bem charmosa, com casinhas que parecem de bonecas. Depois de um pequeno trecho de ônibus, pegamos o trem e, em duas horas, estávamos em Munique.

No dia 15 de setembro, partimos para a Áustria novamente. Agora, fomos para a capital, Viena.

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