Paris, na França - 3ª Parte

sábado, 27 de setembro de 2008

Place de la Concorde, a maior praça da França e a segunda de Paris, é um local de fatos marcantes da história francesa. A guilhotina que decapitou mais de 1.300 pessoas, entre elas, o rei Luís XVI, Maria Antonieta e os lideres revolucionários Danton e Robespierre, durante o Reinado do Terror (1793-94), ficava ali. Como marco histórico, onde as cabeças rolavam, existe hoje o Obelisco de Luxor, doado à França pelo império otomano em 1831. O monumento está alinhado com o Arco do Triunfo e com o Arco de La Défense. Concebida em 1755, a praça também abriga as fontes de água, implantadas pelo arquiteto Jacques Hittorf.

Ao lado da Place de La Concorde, está o Jardin des Tuileries, um dos mais antigos e importantes de Paris. Foi criado no século XVI, no estilo italiano, por ordem de Catarina de Médicis, para decorar o entorno do palácio das Tuileries, onde passava seus tempos livres.

Em 1664, o arquiteto André Le Nôtre, também autor do projeto do parque que rodeia o Palácio de Versalhes, transformou-o num jardim no estilo francês, formal e simétrico, cheio de estátuas ornamentais. Desde 1991, é considerado patrimônio mundial pela UNESCO.

Em frente à Place de La Concorde, está o Hotel des Invalides. A cúpula dourada da Église du Dôme, a maior atração do local, pode ser vista do alto da Torre Eiffel. Ali está o túmulo de Napoleão. Invalides é como se chamava este reduto hospitalar construído no século XVII por Luís XIV, o Rei Sol, para veteranos e inválidos de guerra. No Musée de l’Armée há armaduras medievais, armamento renascentista e colonial e as salas das últimas guerras. No Musée des Plans-Reliefs, maquetes de várias cidades francesas em localizações estratégicas. O Musée de la Libération homenageia aqueles que lutaram durante a Segunda Guerra, sob o comando do general Charles de Gaulle. Funciona das 10h às 18h, fechando somente na primeira segunda do mês. Ingresso a 8/6 (estudante).

Acima da Place de La Concorde estão a Place de La Madeleine e, nela, a Igreja de Santa Maria Madalena, projetada como um templo grego e consagrada como igreja em 1845; e a Ópera, na Place de l’Opera, teatro em estilo bolo de noiva do século XIX, destacando-se a escadaria em mármore de Carrara (comuna italiana da região de Toscana que produz e exporta mármore para todo o mundo) e para o teto pintado pelo pintor modernista Marc Chagall.

Champs-Elysées é a avenida mais charmosa de Paris, com seus cinemas, cafés, lojas de artigos de luxo. O nome refere-se aos Campos Elísios, o reino dos mortos na mitologia grega, o lugar dos infernos, onde jaziam as almas virtuosas. Esta avenida é servida pelos metrôs: Concorde, Charles de Gaulle - Étoile, Champs-Élysées - Clemenceau, Franklin D. Roosevelt e George V.

A avenida tem 71 m de largura por 1,9 km de comprimento, iniciando-se na Place de la Concorde, junto ao Museu do Louvre e Jardins das Tuileries, segue a orientação sudeste-noroeste e termina na praça Charles de Gaulle, onde está o Arco do Triunfo. O prolongamento para noroeste na direção do Grande Arco de La Défense é feito pela Avenida de La Grande Armée.

Os primeiros projetos de construção de uma grande avenida em linha reta no que é hoje o Champs-Élysées datam de 1667, pelo arquiteto Le Nôtre. A avenida foi sendo prolongada ao longo do século XVIII. É atualmente o local dos grandes desfiles patrióticos franceses, como o de comemoração do armistício da Primeira Guerra Mundial.

Todos os anos, o Tour de France, a mais famosa corrida ciclística do mundo, consagra seu vencedor numa última etapa que termina nos Champs-Elysées.

Musée dês Beaux-Arts de la Ville de Paris (Museu de Belas Artes), também conhecido como Petit Palais e Grand Palais, foi construído para a Exposição Universal de 1900. Com a reforma de 2005, ganhou mais dois espaços. Localizado na Avenida Winston Churchill. Acesso Metrô 1 ou 13 até Champs-Elysées/Clemenceau. A entrada é gratuita.

Musée Rodin, idealizado pelo artista plástico e escultor Auguste Rodin. Aberto desde 1919, expõe obras de Rodin, que esculpiu cerca de 200 obras. Entre elas, está “O Pensador”, “O Beijo” e “Porta do Inferno”. Fechado às segundas-feiras. Entrada a € 6/4 (estudante ou menor de 26). Vale a pena conferir o jardim (€ 1). Situado na rua Varenne, bem próximo ao Hotel des Invalides.

Ali perto, está também o Musée D’Orsay, um dos mais conceituados museus de arte da Europa, com obras em sua maioria do século XIX. O forte da coleção são pinturas e esculturas, mas há também móveis, objetos de arte e fotografia. O prédio era antes uma estação de trem e já impressionava pela arquitetura. Construído em 1900, esteve desativado por 47 anos, até que em 1986 foi inaugurado como museu pelo ex-presidente francês, François Miterrand. Na entrada, estão disponíveis mapas das salas do museu em diversas línguas, inclusive em português. Para concluir a visita, suba ao último andar e contemple a magnífica vista de Paris.

Da Torre Eiffel até o Musée D’Orsay é possível fazer todo o percurso a pé. A cidade é tão linda que os vários quilômetros percorridos passam despercebidos.

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