Amsterdã, na Holanda

domingo, 21 de setembro de 2008

Capital da Holanda, com 750 mil habitantes, Amsterdã é famosa por seus canais (são 165), com cada agrupamento de quarteirões formando uma ilhota ligada a outra por charmosas pontes.

É muito charmosa com seus museus, cafés, concertos, parques, mercado de flores e bicicletas (mais que carros) que cruzam a cidade o tempo todo.

A Centraal Station (Estação Central), que concentra o transporte ferroviário, de onde partem trens para todo o país e o continente europeu, já é um espetáculo. Datada do século XIX, possui uma belíssima fachada. Pode ser acessada por quase todas as linhas de metrô e ônibus. A oferta de trens e horários é grande.

Para viagens de ônibus, a Eurolines fica na Amsterl Station, conectada à estação de trem por metrô.

O aeroporto Schiphol fica a uns 18 km do centro e é acessado pelo trem Sneltrein, com passagem a € 3,60.

O sistema de transporte funciona por strips, passagem com espécie de tiras que devem ser carimbadas nas maquininhas dos trens e ônibus ou direto com o motorista, de acordo com o número de zonas que percorrer. Sempre é marcado um strip a mais do que o número de zonas. Um single ticket ou bilhete único são 2 strips para uma zona e custa € 1,60. Se for utilizar duas zonas da cidade, deve adquirir um bilhete de 3 strips que custa € 2,40, ou para 8 strips por € 6,40. Há, também, os passes de 1, 2 e até 3 dias. Mas, dificilmente, vale a pena para turistas que ficam pouco tempo em Amsterdã. A cidade é pequena e o ideal para conhecê-la é mesmo caminhar. A agitada rua entre a Catedral e a Centraal Station é um dos percursos obrigatórios.

A bicicleta é o meio de transporte preponderante na Holanda. São 400 mil delas somente em Amsterdã, ou seja, uma para cada dois habitantes. Existem vários locais onde você pode alugar uma, como por exemplo, na MacBike, junto à estação de trem, e na Waterlooplein; e na Damstraat, na rua de mesmo nome, próximo à Damsquare. Em geral, 3 horas custam € 4-6; 1 dia, € 6-13; e uma semana, € 25-41. As ciclovias são marcadas no chão com tinta branca, devendo-se ficar atento às regras básicas de trânsito, como as preferenciais e as ultrapassagens.

Hospedamo-nos no A-Train Hotel (Prins Hendrikkade 23), em frente à Estação Central. Diária para casal a € 90. Se pechinchar, pode-se conseguir a € 80, que foi o nosso caso. O quarto e o café da manhã são excelentes. Até a decoração é de bom gosto, o dono do hotel é fascinado por trens. Mais informações: www.atrainhotel.com.

Começamos cedo para aproveitar bem o dia. Antes de iniciarmos nosso passeio, recebemos um mapa na recepção do hotel.

No coração histórico da cidade, está a Dam ou Dam Square – praça central da cidade. É onde ficava o mercado e a antiga catedral, Nieuwe Kerk, datada do século XV e reformada várias vezes. Hoje é sede de exposições e eventos. Também na praça localizam-se o Koninklijk Paleis (Palácio Real), erguido entre 1648-1655; o museu de cera Madame Tussaud’s (filial do homônimo em Londres, com as tradicionais figurinhas de famosos e personalidades históricas); e o National Monument, obelisco de 22 m construído em homenagem aos mortos da Segunda Guerra Mundial.

Leidseplein e Rembrandtplein são tradicionais praças e pontos de referência na cidade, com cafés, bares e restaurantes de gastronomia de diversos países, até brasileira. Nós optamos por um argentino. Os preços são razoáveis.

Um bairro típico em Amsterdã é o Jordaan, situado entre os canais de Lljnbaansgraacht e Prinsengracht (onde fica a Casa de Anne Frank), repleto de casinhas características, ruas estreitas, lojinhas, brechós, galerias, mercados de ruas, bares e restaurantes com mesas ao ar livre.

Anne Frank Huis (Casa de Anne Frank) é uma das grandes atrações. Apresenta a casa onde Anne Frank, adolescente judia, ficou escondida com sua família por dois anos. Na visita, segue-se o percurso do esconderijo até a galeria final, mostrando-se o cômodo apertado em que ela, o pai, a mãe, a irmã e mais quatro pessoas viveram, e com a cronologia da Segunda Guerra. Há objetos pessoais, o diário que ela escreveu enquanto esteve lá e vídeos com a entrevista do pai, o único sobrevivente dos campos, e de uma amiga de escola, que tem hoje a mesma idade que Anne Frank teria, se estivesse viva. Ao serem descobertos pelos alemães, foram deportados e mortos. O seu diário foi publicado pelo pai, em 1947, tornando-se um best seller, traduzido em 50 idiomas. É um museu bem didático e detalhado. Vale a pena esperar na fila. Entrada a € 7,50. Fica na Prinsengracht 267, à beira de um canal. Saindo da Dam (praça central), siga em direção ao bairro Jordaan. Aberto das 9h às 19h.

Joods Historisch Museum (Museu Histórico Judaico) era um bairro judaico até a invasão nazista quando os habitantes foram, em sua maioria, deportados e dizimados em campos de concentração. O museu está situado no que eram quatro sinagogas e apresenta a história e as tradições do judaísmo por meio de fotos, filmes e objetos simbólicos. Anexa está a Joods-Portuguese Synagogue (Sinagoga Portuguesa), concluída em 1675 por judeus-portugueses fugitivos de seu país. Já foi a maior sinagoga da Europa. Situado na Jonas Daniël Meijerplein 2. Aberto diariamente, das 11h às 17h. Entrada a € 7,50/4,50 (estudante).

O Hollandsche Schouwburg (Museu-Memorial) foi um teatro ocupado pelos nazistas em 1942 onde os judeus eram reunidos antes de serem deportados para diversos campos de concentração na Europa. Dali foram enviados cerca de 60-80 mil pessoas. Hoje, retrata de forma geral a perseguição nazista. Fica na Plantagemiddlen 24. Acesso gratuito.

Verzetsmuseum (Museu da Resistência), complexo museu sobre a resistência holandesa durante a ocupação nazista, com inúmeros textos e depoimentos de civis, homens e mulheres que lutaram contra a opressão alemã. Cada história ali contada daria um bom filme baseado em fatos reais. É bom ir com tempo. O museu é excelente e ainda pouco conhecido pelos turistas. Fica na Plantagekerlaan 61. Aberto de terça à sexta, das 10h às 17h; e sábado e domingo, das 11h às 17h. Entrada a € 6,50.

Para quem gosta de arte, o Rijksmuseum, maior museu de arte da Holanda, é uma boa opção. O próprio prédio já e uma obra de arte. Nele podem ser vistas, entre outras, The Kitchen Maid (A Cozinheira), de Vermeer; Auto-Retrado de Van Gogh; Auto-retrato de Rembrandt, The Nightwatch (A Ronda Noturna); e The Jewish Bride (A Noiva Judia). Situado na Jan Luijkenstraat. Aberto todos os dias, das 9h às 18h. Ingresso a € 10.

Bem próximos, estão o Van Gogh Museum, com a maior coleção de pinturas do mestre holandês e uma exposição em ordem cronológica, que mostra a evolução do estilo do pintor (aberto diariamente, das 10h às 18h; ingresso a € 12,50); e o Stedelijk Museum, que inclui obras de Picasso, Monet, Chagall, Matisse e Cézanne; fotos; gravuras; e outras tendências da arte contemporânea (funciona diariamente, das 10h às 18h; entrada a € 9).

Outro museu bastante visitado é o Rembrandthuis Museum, que é a própria casa onde o pintor morou. Harmenszoon van Rijn Rembrandt nasceu em Leiden em 1606 e desenvolveu seu trabalho em Amsterdã. Retratista, de características barrocas, o domínio absoluto de técnicas de luminosidade em obras de profunda dramaticidade foi sua marca. Morreu em 1669. Localizado na Jodenbreestraat 4. Aberto diariamente, das 10h às 17h. Ingresso a € 8/5,50 (estudante).

Concluímos o passeio na Voldenpark, parque mais popular da capital holandesa. Ótimo para passear, caminhar, correr ou andar de bicicleta. Fica próximo à praça Leidseplein e ao Van Gogh Museum.

A cidade oferece, ainda, passeios de barco pelos canais que também é uma forma de conhecer a cidade. Em geral, partem do canal em frente à estação de trem e passam pelos principais pontos turísticos, com a possibilidade de descer e pegar o barco seguinte (em média, a cada 30 ou 45 minutos). Pode-se embarcar, também, em frente à Casa de Anne Frank e ao Rijksmuseum. O Canalbus, por exemplo, faz três percursos diferentes, saindo a € 18 um dia de passe.

No dia 23 de setembro, pegamos um trem, à noite, para Roterdã, a 1 hora somente de Amsterdã. A passagem custou € 13,70.

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