Lisboa, em Portugal

domingo, 7 de setembro de 2008

Saímos do Brasil no dia 05 de setembro de 2009 à noite e chegamos bem cedo, no dia seguinte, em Lisboa.

No aeroporto, a apenas 7 km do centro, já conseguimos um mapa da cidade. Partimos diretamente para a
Hospedaria Verde Esperança: Rua da Esperança, 69, 2º andar, Madragoa. A diária para casal custa € 35, sem café da manhã. O casal que gerencia o hotel é bem simpático. Telefone: +351 21 3960871. Fizemos a reserva antes de sair do Brasil.

A partir do aeroporto, pega-se o ônibus 44, 83, 91 ou 745 até Saldanha. De lá, apanha o 727 até a paragem D. Carlos I / Conde Barão. A hospedaria fica numa das ruas à direita, próxima ao Bairro Alto, Museu das Marionetas e Museu de Arte Antiga, Embaixada de França e Assembléia da República, entre outros monumentos.

Lisboa é uma das cidades mais baratas da Europa. Tem um excelente transporte público, com metrô (metropolitano), ônibus (autocarros), bondes (elétricos) e trens para vários destinos e são extremamente limpos e pontuais. Nas paradas de ônibus, aparece o tempo que falta para a chegada do transporte. O sistema é bem moderno. Para utilizar qualquer transporte público, deve-se comprar cartões magnéticos. Esses cartões são carregados, automaticamente, em máquinas automáticas, o que sai mais barato que comprar um novo. São de dois tipos: Lisboa Viva e 7 Colinas.


A maior oferta de pousadas e hotéis está na Baixa, no Róssio e nas ruas da Prata, dos Correeiros e do Ouro.

Indicamos a Pensão Moderna (Casa de Hóspedes). Fica na Rua Correeiros, 205, 4º andar, Praça da Figueira. A diária é muito barata: € 20 para casal. O hotel é limpo e o dono é prestativo. Não tem café da manhã. É bem central, cercado de restaurantes, padarias, confeitarias e mercadinhos. Nessa mesma rua, está o restaurante Celeiro, que serve comida típica. Um garçom brasileiro nos atendeu lá.

Os bairros mais tradicionais de Lisboa são:
Baixa, Alfama, Chiado, Bairro Alto e Belém
. Destaque, também, para a Avenida da Liberdade, que liga a Praça Restauradores à Praça Marques de Pombal, local de lojas de marcas famosas.

Iniciamos a visita pelo
Castelo de São Jorge
, erguido pelos mouros há mais de mil anos. Para chegar lá, suba o morro ou pegue o ônibus 37 partindo do Rossio ou o bonde 28, no Largo Martim Moniz. O castelo está situado na colina mais alta da cidade e oferece uma magnífica vista da cidade. Declarado Monumento Nacional desde 1910, estende-se por uma área de aproximadamente 6000 m², incluindo diversas torres, vigias, um fosso (agora seco) e duas praças divididas por uma muralha interior, mas com uma porta comunicante. A entrada custa € 2,50 (estudante).

Os vestígios mais antigos de ocupação do local remontam ao séc. VI A.C, à Idade do Ferro, época em que provavelmente aí se situava um povoado fortificado.

A existência de um castelo propriamente dito data do século X – XI, altura em que Lisboa era uma importante cidade portuária muçulmana. Em meados do século XI, na sequência de várias obras de reorganização urbana do topo da colina, define-se a área que hoje ocupa, datando, também, dessa época o bairro islâmico.

Em 1147, D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, conquista o Castelo e a cidade aos mouros. De meados do séc. XIII até ao início do séc. XVI, o Castelo conhece o seu período áureo. Transforma-se em Paço Real, ampliam-se os espaços antigos, constroem-se outros novos, instalam-se o rei, a corte, os serviços do tombo, recebem-se personagens ilustres, nacionais e estrangeiras, assiste-se à primeira peça de Gil Vicente.

Com a transferência da residência real e da corte para a baixa da cidade, os terremotos de 1531 e 1755, e o retomar da função militar e de outras novas, vai-se acentuando a descaracterização do Castelo e do Paço Real pelas sucessivas construções.

É no decorrer do século XX que se redescobre o Castelo, os vestígios do antigo Paço Real, a Alcáçova islâmica e as vivências de outrora. As intervenções de 1938-40 conferiram-lhe a imponência atual.

Depois, fomos conhecer a
Sé de Lisboa (no Largo da Sé), catedral medieval, românica e gótica do século XII; e a Igreja Santo Antônio da Sé (no Largo Santo Antônio à Sé), uma grande construção barroca, erguida no local onde nasceu o santo. Na igreja, há um museu com documentos que revelam a história de Santo Antônio.

Partimos, então, para o
Mosteiro dos Jerônimos. IMPERDÍVEL!!!! O mosteiro é imenso e belíssimo e, para estudantes, a entrada ainda é gratuita. Iniciado em 1502, é de arquitetura manuelina, repleta de arcos em seus corredores. No interior, há um claustro. Foi construído por ordem do rei D. Manuel I e abriga os restos mortais de Luiz de Camões e de Vasco da Gama.

Por ter sido construído nos bancos de areia do rio Tejo, a estrutura do mosteiro não sofreu muitos danos com o terremoto de 1755.

Em 1907 foi declarado Monumento Nacional e, em 1984, foi classificado “Patrimônio Cultural de Toda a Humanidade” pela UNESCO.

Também não se pode deixar de ir à
Torre de Belém, um dos cartões-postais de Lisboa. Foi construída sobre o Rio Tejo, por D. João II, para servir como fortaleza. Era a proteção marinha da capital portuguesa. De lá, partiam as naus portuguesas para as expedições marítimas. A entrada é gratuita. Próximo está o Monumento Padrão dos Descobrimentos, construído em 1960 para homenagear os homens que desbravaram os caminhos do mar.
Em Portugal, é muito bom andar a pé pelas charmosas ruas estreitas. Porém, aproveite também para andar nos tradicionais bondes que circulam pela cidade. Muitos partem da Praça do Comércio. Nessa praça e, também, na Praça da Figueira e na do Rossio, está a maioria dos restaurantes, padarias, cafés e mercados. Encontramos até um que vende somente produtos naturais.

Não podemos deixar de citar o
Elevador Santa Justa: com mais de 100 anos, é um marco de Lisboa. Liga o bairro do Carmo a Baixa, e oferece uma vista privilegiada da Baixa Pombalina. O cartão magnético usado para os transportes públicos também é aceito nesse elevador. Vale a pena a subida. A vista da cidade é bela.

Dos três elevadores então construídos, Chiado, Biblioteca e Carmo, apenas este último se mantém em atividade mercê da sua real utilidade.
Concebido por Raoul Mesnier du Ponsard, o elevador apresenta um design neogótico romântico. Abriu em 1902, altura em que funcionava a vapor, e em 1907 começou a trabalhar a energia eléctrica, sendo o único elevador vertical em Lisboa a prestar um serviço público. Feito inteiramente de ferro fundido e enriquecido com trabalhos em filigrana, o elevador dentro da torre sobe 45 metros e leva 45 pessoas em cada cabine (existem duas).

A bilheteira localiza-se por trás da torre, nos degraus da rua do Carmo. Os passageiros podem subir ou descer pelo elevador, dentro de duas elegantes cabinas de madeira com acessórios de latão.
Saindo do elevador, à direita, estão as
ruínas da Igreja do Convento do Carmo. Mandado construir em 1389 pelo Condestável D. Nuno Álvares Pereira, o Convento da Ordem do Carmo ergue-se numa posição privilegiada, sobre o Rossio (Praça de D. Pedro IV), e próxima ao morro do Castelo de São Jorge.

A igreja do convento, que já foi a principal igreja gótica de Lisboa, ficou em ruínas devido ao terremoto de 1755 e é uma das principais marcas deixadas pelo incidente. O convento eventualmente passou a ser uma dependência militar e, durante a Revolução dos Cravos, foi no quartel do Carmo que o Presidente do Conselho do Estado Novo, Marcelo Caetano, se refugiou dos militares revoltosos. Atualmente, as ruínas são sede do
Museu Arqueológico do Carmo.

Na outra parte da cidade, mais moderna, está o Oceanário, o maior da Europa e o segundo do mundo. O museu marinho, que contém uma impressionante coleção de espécies – aves, mamíferos, peixes e outros habitantes marinhos –, está localizado no na Doca dos Olivais, no Parque das Nações e foi construído para a Expo 98, ocorrida em Lisboa. A principal atração é o grande tanque central, onde coexistem várias espécies de peixes como tubarões, barracudas, raias, atuns e pequenos peixes tropicais. Acesso de metrô, pela linha vermelha, descendo na Estação do Oriente. Ingresso a € 9,35.

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