Roterdã, na Holanda

Com 600 mil habitantes, abriga o maior porto da Europa e chama a atenção por seus prédios modernos e arrojados, bem fora do padrão holandês: casinhas histórias e canais. Foi bastante bombardeada durante a Segunda Guerra devido ao seu estratégico porto e sua reconstrução rendeu-lhe traços arquitetônicos ousados e originais.

Um dia basta para conhecer a cidade, que é dispensável. Se você tiver com tempo, dê preferência às cidades holandesas com moinhos, campos de flores (tulipas) e outros ícones típicos da Holanda. Duas delas são: Volendam, a 18 km de Amsterdã, com 20 mil habitantes; e Marken, a 30 km da capital, com 2 mil habitantes.

Da Black Station, onde chegamos, tivemos que caminhar um pouco para encontrar um hotel. Muitos estavam lotados. Cansados e com mochilas nas costas, não pudemos escolher muito. Ficamos no Home Hotel (Putselaan 9/11) e pagamos muito caro: € 100. Era um quarto espaçoso, tipo flat, mas sem café da manhã.

Iniciamos o tour pela Laurenskerk (Sint Laurens Church), igreja situada na praça Grotekerkplein, cujo nome vem do santo padroeiro da cidade. Construída em 1525 e danificada na Segunda Guerra, foi reaberta para visitação em 1968, após longa reforma. Na mesma praça, está a estátua do filósofo Erasmus, nativo de Rotterdam (Roterdã, em português). Aberta de terça a sábado, das 10h às 16h; e domingo, a partir das 13h. Entrada gratuita.

O Museumpark é um parque com vários museus. Um deles é o Maritiem Museum (Museu Marítimo). Contém mais de 1 milhão de objetos marítimos, com várias exposições. Outro museu de mesmo nome é o Havenmuseum, a duas quadras deste, com embarcações históricas originais abertas à visitação. Ambos ficam próximos à Avenida Blaak e antes da ponte Erasmusbrug. Abertos de terça a sábado, das 10h às 17h; e domingo, a partir das 11h. A entrada no primeiro sai a € 5. No segundo, é gratuita.

Há, também, o Museum Boijmans Van Beuningen, famoso por sua coleção de arte contemporânea, incluindo obras de Dali, Rembrandt, Picasso, Van Gogh e outros (entrada a € 9/4,50). O Nederlands Architectuurinstituut (Instituto de Arquitetura) possui uma das maiores coleções sobre arquitetura do mundo (entrada a € 8/5). E o Nederlands Fotomuseum, que abriga exposições temporárias de fotografias (entrada a € 6/3).

Devastated City, próximo ao Museu Marítimo, é a obra do escultor Ossip Zadkine. Uma estátua de bronze com um buraco no corpo, que simboliza o sofrimento de Roterdã durante o bombardeio na Segunda Guerra.

Erasmusbrug é a ponte sobre o rio Maas, que liga as porções sul e norte da cidade. Seus 800 m de comprimento são suspensos por um pilar de 139 m de altura que, devido ao seu formato, rendeu-lhe o apelido de “Cisne”. Vale algumas fotos.

Euromast é a mais alta torre panorâmica da Holanda (com 185 m), junto ao Het Park – parque junto ao rio Maas. Aberta abr/set, das 9h30 às 23h; e out/mar, das 10h às 23h. Entrada a € 8,30.

Kijk-Kubus (Casas Cubistas) é um marco na cidade. Projetadas pelo arquiteto holandês Piet Blom, que imaginou casas-árvores como parte de um bosque. Resultado: uma estética bem diferente, de construção cubista. Tem-se a impressão de que as casas estão declinando. Uma delas é aberta à visitação, diariamente, das 11h às 17h. Entrada a 2,50/2 (estudante). Situada na Overblaak 70, próximo à biblioteca.

A Centrale Bibliotheek (Biblioteca Central) impressiona bastante. A maior biblioteca da Holanda tem seis andares. Com um grande acervo, bem organizada e iluminada, possui uma fachada de estilo piramidal e verticais tubos amarelos. No último andar, pode-se apreciar uma boa vista da cidade.

No final da tarde, passamos pela Nieuwemarkt Area, que desemboca na biblioteca. É um verdadeiro shopping a céu aberto, com lojas diversas, bares e restaurantes. A Kruiskade e a Witte de Whitstraat são ruas com comércio intenso, museus, galerias e cafés.

No dia 24 de setembro, viajamos para o nosso último destino nessa viagem: Paris. Fechamos em grande estilo, como deve ser.